Planalto pede trégua a Renan
A presidente Dilma Rousseff enviou na noite desta quarta-feira o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, ao Senado para buscar trégua com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB/AL). S senador teve um “papo reto” com o ministro, na base do “ou muda, ou racha” – porquê se comentou no plenário do Senado.
Mas antes da enésima conversa política sobre o mesmo objecto, Calheiros deixou evidente com atitude eloqüentes que não aceitará medidas decididas e anunciadas sem a devida participação do sócio do poder, o PMDB. Não só deixará de proteger tais medidas no parlamento, porquê tem poder para barrá-las – porquê acaba de fazê-lo.
S exemplo foi a reembolso da medida provisória que aumenta o imposto sobre a folha de pagamentos, anunciada na última sexta pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, num tom cuja arrogância acabou reprovada pela própria presidente Dilma. A atitude do senador funcionou porquê uma espécie de tratamento de choque, capaz de entregar a audição a um governo que insiste no diálogo de surdos.
Pepe Vargas deixou o gabinete de Renan Calheiros falando fino. Repetiu o que ouviu de Renan, porquê um menino de escola: medidas porquê a MP de Levy têm de ser apresentadas e negociadas com os aliados. E registrou o alerta do pemedebista: é altamente recomendável que o Planalto busque uma “opção negociada com as duas casas” para os próximos problemões que entrarão na tarifa: o percentual de correção da tábua do Imposto de Renda e o orçamento de 2015.
Renan Calheiros sempre esteve falando sério. Mas o Planalto só entende depois de humilhado.
Fonte:Christina Lemos
