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Rodrigo Constantino


“S governo Bolsonaro é responsável por dois feitos dignos de nota: 1) Fracionou a direita com intrigas idiotas; 2) Unificou a esquerda em torno de uma tarifa social.” – Guilherme Macalossi 

Sejamos francos: o que tem Olavo de Carvalho a oferecer além de ataques aos comunistas? Seu exposição em prol do resgate da subida cultura não bate com sua postura desbocada e raivosa. Sua taxa é muito mais em prol do combate aos inimigos do que nas propostas construtivas.

S mesmo vale para Bolsonaro: incorporou o antipetismo, o que lhe rendeu muitos votos, e tem mais força pelo que condena do que pelo que defende. Quem é contra comunistas e corruptos e cansou da medo dos tucanos em cima do muro se viu sem muitas opções.

Mas é importante entender isso para indagar o que se passa no país hoje. Sem um risco iminente de golpe comunista, Olavo de Carvalho perde sua força. Sem o risco real e inopino de o Brasil virar uma Venezuela, o bolsonarismo se enfraquece. Ambos necessitam dessa gládio vermelha continuamente sobre nossas cabeças.

E é por isso que usam e abusam da tática do confronto permanente e das teorias da conspiração. Sim, é trajo que o Brasil correu risco mesmo de virar uma Venezuela, e não é maluquice falar em ameaço socialista, porquê fez o presidente no seu primeiro dia de governo. Mas com o impeachment de Dilma, Lula recluso e Temer no governo, essa ameaço já era muito mais distante. Após a vitória de Bolsonaro, logo, foi afastada de vez.

Não obstante, Bolsonaro não quer descer do tribuna e continua em campanha. Olavetes tratam seus próprios ministros militares e o vice porquê se fossem os tais comunistas infiltrados, e falam do “sistema socialista” vigente no país, por meio do establishment. G pouco apreço por conceitos, pois se mesmo com Bolsonaro na presidência temos um padrão socialista, logo qual o sentido em falar de risco venezuelano com o PT?

Essa narrativa escatológica, porém, serve aos interesses do olavismo e do bolsonarismo, que precisam manter a militância virtual mobilizada o tempo todo. E, para isso, precisam das ameaças terríveis o tempo todo. S Brasil precisa de união em prol de pautas comuns, de reformas, porquê tentei discutir, mas o próprio governo perde tempo incitando a polarização por questões menores, fustigando a oposição até o ponto de despertar da sonolência a esquerda radical.

Tanto o editorial do GLOBO de hoje porquê as colunas de Merval Pereira e Rogerio Werneck no mesmo jornal tocam nesses pontos. Eis um trecho do editorial:

Eleito, Jair Bolsonaro demonstrou dificuldade em descer do tribuna. Não foi o primeiro presidente a viver a experiência. Mas, daqueles que não conseguiram desencarnar logo do papel de candidato, Bolsonaro tem sido único.

Fala sobre temas sensíveis sem conhecê-los, não mede palavras e, já com cinco meses de procuração, faz questão de atropelar a chamada rito do incumbência — um comportamento autodestrutivo muito eficiente para gerar mais problemas ao seu governo do que a própria oposição.

[…]

Parece não se tratar exclusivamente de uma período de adaptação do candidato ao incumbência que conquistou pelo voto. Casos porquê leste das universidades, o da atuação de milícias digitais contra supostos adversários de Bolsonaro, além de outros exemplos, apontam para um perigoso estilo de governar pelo confronto, em meio a bate-bocas e xingamentos. Por óbvio, não dará manifesto na democracia. Não é provável governar assim.

Já Merval Pereira fala sobre a falta que faz um meio liberal com lideranças confiáveis, num momento em que o presidente aposta na narrativa do combate à “velha política”, tratando o Congresso todo porquê intrinsecamente corrupto:

Quem foi para as ruas quarta-feira demonstrou o insatisfação com o governo disfuncional de Bolsonaro, que se perde em picuinhas ideológicas e esquece os verdadeiros problemas do país, sendo a ensino o maior deles.

[…]

Os radicais estarão com Bolsonaro independentemente de qualquer novo gesto, mas ele já vem perdendo o pedestal dos eleitores de meio, que temiam a volta do PT. Em uma campanha sem radicalismo, Bolsonaro disputaria com Cabo Daciolo a rabeira da eleição.

Os adversários que podem fazer frente a ele de verdade, porquê o governador de São Paulo, Joao Dória, o próprio Rodrigo Maia, mormente se juntos em um novo partido de meio-direita que unisse o PSDB ao DEM, ainda estão perdidos, entre apoiá-lo, detrás dos cliques da internet, ou terebrar novos caminhos.

Bolsonaro precisa de um PT possante, com exposição radicalizado, para edificar o seu projeto de poder. Só com a esquerda possante se manterá porquê a opção dos não radicais de direita ou de meio. Por isso vive falando sobre “a volta do PT”. 

Bolsonaro está em seu envolvente quando se digladia com o PT. Assim porquê na campanha o meio foi esmagado pelo radicalismo, também hoje não há uma liderança de meio, vigorosa, respeitada, que apresente uma saída fora dessa radicalização.

Por término, Werneck tratou a flanco ideológica do governo porquê “caixa de areia” que ficaria restrita a algumas bandeiras mais radicais de campanha, mas que acabou ganhando cada vez mais força e espaço, tumultuando as pautas prioritárias econômicas:

Entre a eleição e a posse de Jair Bolsonaro, os mais propensos ao autoengano tentaram se convencer de que, ao contrário do que se temia, o novo presidente saberia dar a devida prioridade ao que de vestimenta importa. E relegaria a segundo projecto a maior secção das propostas extremadas que brandira na campanha eleitoral. 

Enquanto os “adultos” cuidariam das reformas, da retomada do desenvolvimento e da redução do desemprego, os “bolsonaristas de raiz” ficariam restritos a uma pequena caixa de areia, entretidos com as possibilidades da agenda de costumes, da flexibilização do porte de armas e de outras diabruras mais, sob o olhar sisudo e instigante de tio Olavo.

Não é preciso muita argúcia para já se dar conta de quão fantasiosos mostraram ser tais devaneios. A caixa de areia está longe de ter sido relegada a segundo projecto. Vem assumindo proporções cada vez maiores. E absorvendo grande secção das atenções do presidente. Vem operando porquê potente gerador de cizânia no núcleo do governo. E tumultuando o envolvente político, num momento em que o Planalto deveria estar focado no quebradiço esforço de tramitação da reforma da Previdência.

[…]

G preocupante que, na sua dramática corrida contra o tempo, em meio a clara deterioração do quadro fiscal e rápido estreitamento do espaço de manobra da política econômica, o Planalto continue dando força ao processo desestabilizador que vem sendo gestado pelas alas mais radicais do governo.

Ao contrário de muitos economistas liberais, não acho que as pautas de costumes são irrelevantes, mas entendo o ponto de que sem as reformas econômicas não haverá numerário nem tempo para mudanças culturais. Escrevi sobre isso várias vezes, alertando aos mais conservadores sobre a influência do foco: cada coisa no seu tempo.

Infelizmente, o olavismo falou mais cume, e o presidente alimentou os trolls, que dependem dos inimigos comunistas fortes e organizados. Bem, conseguiram o que queriam: parece que a esquerda radical, que andava desanimada e apagada, encontrou pretextos para se unir e atrair até gente mais moderada contra o governo.

Os extremos se atraem, pois um precisa do outro. Ao investir no radicalismo, em vez de entender que a campanha terminou e ele é o presidente que poderia ser um estadista, Bolsonaro acabou dando munição para a extrema esquerda. Olavetes deliram de prazer, pois é disso que precisam. Já o Brasil perde e muito com essa guerra de extremos.

Rodrigo Constantino





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