Moro anuncia projeto de lei para aumentar pena de agressores de mulheres
Segundo levantamento da pasta do ministro, entre 2019 e 2020, houve aumento significativo no número de tornozeleiras eletrônicas usadas por esses criminosos
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, informou, nesta segunda-feira (9), que vai apresentar, nos próximos dias, em parceria com a bancada feminina do Congresso, um Projeto de Lei para aumentar penas em casos de violência contra a mulher.
Segundo levantamento da pasta dirigida por Moro, entre 2019 e 2020, houve aumento significativo no número de tornozeleiras eletrônicas impostas a agressores de mulheres (65,5%), e também na participação de grupos reflexivos para atender homens acusados de violência contra mulheres (39%).
De conciliação com o ministro, a iniciativa também deve “condicionar o aproximação a recursos do Fundo Pátrio de Segurança Pública a Estados que reduzirem esses índices e desenvolverem programas e projetos de proteção a mulheres vitimas de violência domestica e familiar”. “Fazemos absoluta questão que o protagonismo da apresentação do projeto seja das congressistas”.
Moro ressaltou que “a violência contra as mulheres nos preocupa, de forma privativo, porque a maioria dos casos de feminicídio é cometida por parceiro íntimo, em envolvente privado, e dentro de um contexto de violência doméstica e familiar”.
“Para melhor definir políticas públicas em relação a esse tipo de violência, o MJSP solicitou às secretarias estaduais de segurança maior destreza na catalogação de casos de feminicídio, já que o nosso sistema – o Sinesp – recebe os boletins de ocorrência policiais praticamente em tempo real, e os crimes de feminicídio, muitas vezes, demoram para ser comprovados, porque demandam investigação”, afirma Moro.
O ministro ainda lembra que “o Brasil está em quinto lugar no ranking de países em morte violenta de mulheres no mundo, de tratado com o Supino Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, e precisa, cada vez, prosseguir nas medidas de prevenção e enfrentamento da violência doméstica e familiar”.
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