Ele abriu mão do tarefa para saber o mundo porquê blogueiro de viagens. Hoje, tem mais de 70 países carimbados no passaporte
O designer gráfico Fabrício Moura, 45, conquistou o sonho de todo viajante: viver viajando — e de viagens.
Com 71 países carimbados no passaporte, atualmente ele obtém 70% de sua renda com seu blog, o Vou na Janela, e o respectivo conduto do YouTube (com 103 milénio seguidores), e reinveste os ganhos em mais viagens.
O caminho para perceber essas marcas não foi simples:
“Muitos influenciadores vendem essa teoria romantizada de que abandonaram tudo para virar nômade, mas não é logo que funciona. Os boletos vão chegar, o aluguel vai vencer, logo é preciso se planejar para isso”
Para edificar voo porquê blogueiro de viagens, Fabrício precisou terebrar mão, primeiro, de sua curso numa multinacional – e, mais tarde, do ofício em uma grande dependência de informação.
NETO DE UM PILOTO DA VARIG, ELE SONHAVA EM SER JORNALISTA, MAS ACABOU CURSANDO DIREITO
Nascido em Santo Antônio de Pádua (RJ), a 265 quilômetros da capital fluminense, Fabrício cresceu com a expectativa do pai de que trabalhasse na aviação.
O avô era piloto da Varig, uma curso que o pai de Fabrício se viu impedido de seguir por conta de um acidente. “Eu gostava de viajar, mas não me imaginava naquele universo”, admite.
Fabrício, na verdade, achava que seria jornalista.
“Devorava o caderno Internacional do Mundo, recortava as notícias que achava mais relevantes ou exóticas, anotava a escalada do Jornal Pátrio… Não conheço nenhum moleque que fazia isso aos 12 anos”
Na hora de prestar vestibular, porém, ele acabou escolhendo recta.
“Fui morar no Rio de Janeiro para fazer a faculdade sem saber ao perceptível o que cursar. Queria jornalismo, mas meu pai tinha alguns contatos e conseguiu uma entrevista para mim na Volkswagen.”
Para o incumbência, ele diz que “precisava ter cursado recta ou gestão”. E reconhece o privilégio: “Quem consegue um trabalho em uma multinacional sem ter nem uma graduação?”
O BOM SALÁRIO E OS BENEFÍCIOS NÃO TRAZIAM FELICIDADE NO DIA A DIA
Fabrício detestava o curso de recta e nunca chegou a praticar de trajo a profissão — ele nem sequer se registrou na Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB).
Mesmo assim, continuou no ocupação, muito por justificação do bom salário e dos benefícios. “Os caras pagavam meu aluguel, eu tinha 30% de desconto para trocar de coche…”, diz.
Ele entrara na empresa porquê facilitar de coordenação de vendas especiais (que atendia grandes frotistas e órgãos públicos) e chegou a diretor de vendas especiais da regional Rio de Janeiro.
No período, teve inclusive a oportunidade de morar por um ano na Alemanha para “desenvolver uma instrumento para venda de veículos em uma tal de internet”, brinca.
Apesar dos benefícios, porém, sentia-se infeliz.
“Vivia doente, tinha dores que médico nenhum conseguia explicar, sofria de burnout antes mesmo de saberem o que é burnout… Você vai afundando de uma forma, entrando em um buraco que parece que não vai conseguir transpor dali”
Em 2006, com seis anos de empresa, ele começou a cursar design gráfico — e a montar seu portfólio na dimensão (que hoje inclui diversas colaborações com o Draft).
AO MUDAR DE CIDADE E DE EMPREGO, FABRÍCIO PASSOU A TIRAR FÉRIAS COM FREQUÊNCIA – E A REALIZAR O SONHO DE CONHECER O MUNDO
Em janeiro de 2011, logo em seguida se formar, Fabrício passou a disparar seu portfólio para agências de publicidade em São Paulo, e a realizar entrevistas na capital paulista.
“Pegava a ponte aérea às 6h, ia para a entrevista, voltava e trabalhava. Na terceira vez, fui contratado”
Em poucos dias ele viu sua vida se transformar. No término de março de 2011, Fabrício se mudou para São Paulo, a princípio trabalhando para o Grupo Rái e, ainda em 2011, na escritório Ideal.
Foi aí que teve início a segunda viradela: pela primeira vez em cinco anos, pôde tirar férias. E não só isso: eram férias três vezes por ano, visto que a filial incentivava os funcionários a dividirem os 30 dias em períodos de 10.
A primeira viagem foi para Londres — e dali em diante ele não parou mais.
“Passei a virar referência entre colegas da dependência por viajar sempre. Me pediam dicas de porquê comprar chip de celular, porquê ir do aeroporto ao meio da cidade, porquê fazer o câmbio…”
Ele já tinha o hábito de ortografar sobre os lugares e experiências para registro próprio, e resolveu testar gerar um blog.
“Era uma estação de popularização dos blogs de viagem. Lembro de uma estatística da era que dizia que surgiam 600 blogs de viagem por ano e menos de 1% durariam mais de um ano. Todo mundo queria ser blogueiro.”
APÓS FAZER UM BENCHMARK DE BLOGS DE VIAGEM E ASSEGURAR UMA RESERVA FINANCEIRA, ELE RESOLVEU ARRISCAR
Fabrício decidiu aventurar. Bolou um projecto de negócios para que o blog não fosse só um hobby, conversou com outros blogueiros e descobriu que sim, era provável viver daquilo.
Ele passou os dois anos seguintes elaborando tudo — e, principalmente, consolidando uma suplente financeira.
Em maio de 2015, pôs no ar o Vou na Janela. Fabrício ainda trabalhava na escritório, mas isso logo mudou:
“Em novembro de 2015, viajei para a Alemanha para produzir teor e, quando voltei, pedi deposição”
Na estação, ele calcula que tinha quantia guardado o suficiente para remunerar suas contas por dois anos, o tempo que acreditava ser necessário para monetizar o projeto.
Fabrício afirma que até logo não havia pensado na possibilidade de lastrar o trabalho de designer com o de blogueiro.
“Com o tempo, alguns clientes começaram a me procurar, e passei a conciliar os dois trabalhos”
Isso foi mormente importante durante a pandemia, período em que ele diz ter sido “salvo” pelos ganhos porquê designer.
HOJE, A MELHOR PARTE DE VIAJAR SÃO AS PESSOAS QUE ELE CONHECE PELO CAMINHO
No blog, Fabrício faz tudo sozinho: do planejamento de cada viagem — que leva em torno de dois meses, da escolha do rumo até o roteiro — à redação dos textos e produção dos vídeos.
“Sempre fui o louco das planilhas. Acho que levei a organização que o trabalho na Volkswagen me exigia para as viagens”
Ele diz que, no primícias, gostava de passar entre 30 a 40 dias em cada lugar. Agora, com a prática (e a idade), encurtou esse tempo para no sumo três semanas.
“Quando você é mais novo, encara tudo. Já passei nove horas no aeroporto de Amsterdam achando incrível. Hoje, não quero mais perrengue.”
Talvez esse seja o único ponto negativo de transformar um hobby em trabalho.
“Chega um ponto que zero mais é novidade. Não existe mais indiferente na bojo de passar pela imigração e chegar a um país estranho acaba virando uma coisa meio mecânica”
É por isso que, atualmente, ele considera que a melhor secção de viajar são as pessoas que conhece em cada lugar.
“Elas são o maior patrimônio. Os pontos turísticos vão estar sempre lá, a relação com as pessoas é o que mais me encanta.”
TRANSFORMAR UM HOBBY EM TRABALHO TRAZ DESAFIOS E LIÇÕES IMPORTANTES
A vida de viajante trouxe algumas lições importantes. A primeira é que viajar é muito mais fácil do que a maioria das pessoas pensa — mormente em tempos de internet.
Hoje, é provável organizar viagens para qualquer lugar do mundo por conta própria.
“Não existe mais ignoto, isso dá segurança. E existem opções para todos os bolsos, é só entender o sorte e se adequar à veras e tirar o olhar individual de turista”
A segunda — e talvez principal — é respeitar a cultura lugar. “Não adianta querer transportar costumes a uma cultura dissemelhante da nossa.”
Esse olhar pessoal sobre viajar é importante também para o padrão de negócios de Fabrício, que parece ter encontrado um estabilidade entre entregar aquilo que o público quer e conteúdos inéditos.
“É preciso ter um mix de aderência com o que ainda não foi feito. Miami, por exemplo, é um rumo que as pessoas sempre vão querer ir, mas já tem muita informação sobre, logo nem faço mais”
Um ponto de viradela para o incremento no YouTube, hoje sua maior aposta, foi a Despensa do Procurar. Para produzir os conteúdos, Fabrício viajou ao país três anos antes do evento.
Ele espera entender 1 milhão de inscritos — sem prazo específico —, mas quer que, daqui a dois anos, o YouTube seja responsável por 100% de sua receita.
“Me encontrei muito muito”, diz Fabrício. “Acho que estou colhendo um pouco que talvez foi plantado lá detrás, quando o garoto de 12 anos que gostava de jornalismo anotava a escalada do jornal.”
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