Artista que transita entre diferentes frentes – do ativismo e empreendedorismo sociocultural à música -, o poeta, compositor, arte-educador e fundador do Meio Cultural Lá da Favelinha, Kdu dos Anjos, escoltado pelo Ballet Favelinha Dance, abre neste sábado (21), às 17h, a série de apresentações do projeto Bossa Criativa – Arte de Toda Gente, responsável por secção da programação da Lar Funarte Liberdade, inaugurada em Belo Horizonte no início de novembro, e que contempla música, teatro dança e circo neste término de semana.

O show de Kdu terá o repertório de “Quanto Tempo, Hein, Kdu?”, álbum autoral gravado na quarentena, lançado em junho e que reflete toda a variação artística do músico, que passeia pelo rap, pelo soul, pelo funk, pelo jazz e pelas batidas eletrônicas. “O disco tem vários estilos e influências. Fala de paixão, mas também fala da periferia. Consigo trazer isso para as músicas e o Ballet só fortalece me acompanhando. Mesmo sendo um grupo famoso pelo funk, eles apresentam também o ballet clássico, o jazz, o dancehall. São um show à secção”, comenta o músico.

Além das canções do disco, músicas novas porquê “Eu Não Sei” e “DumDum” estão no setlist do show, o primeiro de Kdu dos Anjos em formato presencial durante a pandemia. “Trovar e ter um público é sempre muito bom, estou ansioso. E feliz de saber também que o conduto está simples, que a Funarte está de olho no nosso trabalho, isso só valida nosso processo. É muito importante ter essa parceria com os órgãos governamentais, porque mostra que mesmo sendo uma arte periférica estamos em espaços tido porquê nobres”, celebra Kdu.

Para 2021, ele diz que o Lá da Favelinha e a Funarte já têm outras ações agendadas, entre elas oficinas de empreendedorismo e outroas formatos de shows. 

Mais atrações 

Neste domingo (22), também às 17h, é a vez do grupo formado por maestros e músicos que participam do movimento Salvem as Bandas, criado para preservar e unir as bandas de música e maestros de Minas Gerais, dar sequência aos shows do término de semana.

Para a apresentação, a margem conta com representantes de 12 cidades mineiras, entre elas Pouso Contente, Relato, Santa Luzia, Sarzedo, Vespasiano, Brumadinho e Ibirité. No repertório, dobrados e outros “clássicos de coreto”.