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Cervejas artesanais de Juiz de Fora chegam ao mercado

Pequenas cervejarias conseguem registro para expandir produção e comercialização das marcas

Duas cervejarias artesanais de Juiz de Fora, Artezannale e Barbante, conseguiram o registro das bebidas e das plantas de produção junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Até o final deste ano, outras três marcas do município da Zona da Mata mineira devem conseguir o registro, que amplia mercado para as marcas e possibilita a expansão dos negócios.

 A formalização das cervejarias é desdobramento de um trabalho de profissionalização do setor, apoiado pelo Sebrae desde 2011. O projeto atende cinco cervejeiros, três deles empresários que já tinham atuação comercial no município. “Eles produziam a cerveja informalmente, para o consumo de amigos. Com o projeto perceberam que estava na hora de dar uma arrancada e decidiram investir”, conta Marcelo Rother, analista do Sebrae.

 Das cinco cervejarias, nenhuma tinha registro no Mapa.  Em pouco mais de cinco anos o projeto lançou Juiz de Fora como polo de produção de cerveja artesanal de qualidade. Também contribuiu para a criação de um roteiro das cervejarias, incluindo a elaboração de um guia para divulgar a história da atividade e as empresas aos moradores e turistas.

Uma das primeiras ações do Sebrae foi um evento, em 2011, para sensibilizar as mulheres de Juiz de Fora para o consumo da cerveja. “A mulher tem forte influência na decisão de consumo do casal e por isso quisemos mostrar que a cerveja pode agradar muito ao paladar delas”, lembra Rother. Neste evento foram servidas 11 bebidas com toques femininos, inclusive com rosas, além de pratos harmonizados com a bebida.

A aproximação com o Mapa foi feita logo no início do projeto, que também aproximou os empresários de instituições financeiras e das boas práticas do mercado. Em 2011, o grupo participou de uma missão técnica organizada pelo Sebrae à Agrágria, cooperativa do interior do Paraná que produz malte, matéria-prima da cerveja. Ainda em 2011 o grupo visitou a Feira Brasil Brau, único encontro nacional de cervejarias, para conhecer equipamentos, tecnologias e insumos para o setor.

No ano seguinte o Sebrae começou um trabalho de geomarketing para conhecer o perfil do consumidor de cerveja em Juiz de Fora. Este ano o grupo voltou à Feira Brasil Brau e participou de consultorias para ajuste das plantas industriais e análises da bebida para obtenção de registro no Mapa. O custo das consultorias tecnológicas são subsidiados pelo Sebrae. “Investimos na melhoria da qualidade dos produtos e da gestão”, explica Rother.

 “Agora estamos desenvolvendo o estudo de viabilidade mercadológica e financeira das empresas”, adianta o analista. O objetivo é orientar os empresários sobre as novas condições do negócio, como carga tributária, necessidade de investimentos e vendas. Há três estudos em andamento, um de uma planta coletiva de produção e outro para dois cervejeiros que pensam em se associar a um terceiro.

 Tradição centenária

Apesar de ter ganhado força há pouco mais de cinco anos, a atividade cervejeira em Juiz de Fora remonta ao século XIX, com a instalação da primeira cervejaria de Minas Gerais no município. O negócio pertenceu a Sebastian Kunz, alemão que veio para o Brasil em 1860, para trabalhar como operário nas obras de construção da rodovia que marcava o início da colonização da cidade.

Kunz fazia a cerveja para consumo próprio e dos amigos, nas horas de lazer. Com o término das obras o imigrante montou a Cervejaria Barbante, a primeira registrada em Minas Gerais, que funcionou em Juiz de Fora de 1861 até 1888.  Kunz é tataravô de Pedro Carlos Peters, 31 anos, que em 2008 retomou o ofício que atravessou gerações da família.

A Barbante é uma das marcas que conseguiu o recente registro no Mapa. O nome é uma referência à corda que segurava a rolha na garrafa, por causa da pressão do gás produzido pela fermentação da cerveja. A receita original da família já não é mais a mesma, já que a cerveja feita por Kunz era à base de milho ou arroz, pois o malte e o lúpulo não entravam no Brasil. “Crescemos ouvindo histórias sobre meu tataravô e resolvi resgatar essa tradição”, conta.

Com os investimentos que fez na adequação da fábrica, onde emprega duas pessoas, Pedro saltou de uma produção de mil litros mensais para cinco mil. A bebida é comercializada no restaurante de Pedro e em outros seis estabelecimentos de Juiz de Fora. O empresário investiu cerca de R$ 300 mil no último ano, entre compra de maquinário e adequação de instalações. “Já estou enviando amostras da cerveja para o Rio de Janeiro e Espírito Santo, e devo dobrar a produção em um ano”, antecipa.

 Inspiração familiar

Dono da Pizzaria Artezannale, Antero Fernandes Filho, 50 anos, foi o pioneiro na nova onda da indústria cervejeira de Juiz de Fora. Ele começou a produção artesanal há oito anos, depois que um fornecedor suspendeu a entrega de cervejas especiais em sua pizzaria.

Foi quando o empresário decidiu fazer a própria cerveja. A produção de cachaça é tradição na família de Antero desde o século XIX. O ofício foi ensinado pelos avós portugueses, que se instalaram no município de Presidente Bernardes, em Minas Gerais, em 1882.

Inspirado pela vocação da família na produção de bebidas artesanais, Antero fez cursos, pesquisou e viajou para a Europa, onde fez um roteiro por países com tradição cervejeira. “Fui à Bélgica, Alemanha e Áustria. Lá conversei com muitos especialistas e conheci vários estilos de produção”, lembra. Com o conhecimento que trouxe o empresário se sentiu mais encorajado para investir no novo ramo. “Ajustei processos e segui em frente, confiante de que estava no caminho certo”, diz.

Sua cerveja, a Artez, registrada no Mapa, já tem uma produção mensal em torno de 600 litros, mas a capacidade produtiva da empresa é o dobro disso. A marca inclui um mix de três receitas, todas de baixa fermentação nos estilos pilsen bohemian, bock tradicional e uma black lager (Schwartz bier), estilo de cerveja preta alemã. “Todas elas são produzidas de acordo com a lei da pureza alemã, de 1516”, frisa Antero.

“O mercado para as cervejas artesanais é promissor, mas ainda há um entrave tributário para a expansão do setor”, explica. Antero se refere à legislação que não diferencia a produção industrial da artesanal, que segundo ele precisa ser menos tributada porque gera mais empregos, por ser menos mecanizada.

É o próprio Antero que cuida da produção da Artez, da receita à seleção e moagem do malte, passando pelo cozimento, fervura, até o início da fermentação da bebida. Daí para frente ele tem a ajuda de um empregado. “Com o novo mercado que se abre a partir de agora vou precisar contratar no mínimo mais três pessoas”, antecipa.

O empresário já encomendou dois equipamentos, de mil litros cada, onde a cerveja é acondicionada para maturar, ampliando a capacidade produtiva da cervejaria para três mil litros/mês. “Vamos aguardar a posição tributária do governo sobre o setor e então partir para um plano de negócio”, planeja.

Curiosidades sobre a cerveja

A cerveja artesanal precisa de um período mínimo de 30 dias de maturação, para alcançar harmonia de amargor, aroma e gosto e para que sabores terciários, como o do lúpulo, aflorem.

 Fontes

 Marcelo Rother – analista do Sebrae: (32) 3257-4705/9945-0655

Pedro Peters – Cervejaria Barbante: (32)8418- 0403; [email protected]

Antero Filho – Cervejaria Artez : (32) 3225-7805

Assessoria de Imprensa Sebrae Minas: (31) 3379-9271/9278

Fonte:RSS Feeds – Agência Sebrae de Notícias Mato Grosso


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