A maioria dos MEIs mineiros utiliza conta de pessoa física para fazer operações bancárias
Pesquisa do Sebrae Minas faz levantamento sobre o relacionamento dos formalizados com os bancos e o cumprindo das obrigações tributárias dos empreendedores
Dos microempreendedores individuais mineiros que possuem conta bancária, 60% possuem conta de pessoa física e a metade deles utiliza essa mesma conta para fazer operações de finanças pessoais e empresariais. É o que mostra a pesquisa de Relacionamento Bancário e Regularidade Fiscal do Microempreendedor Individual, feita pelo Sebrae Minas com 411 formalizados em todo o estado.
De acordo com o estudo, o banco que possui o maior número de microempreendedores individuais correntistas é a Caixa Econômica Federal (43%), seguida pelo Banco do Brasil (26%), Banco Itaú (20%) e Bradesco (19%).
A gestão conjunta das finanças pessoais e empresariais é uma realidade da maioria dos empreendedores individuais. “A pesquisa mostrou que 60% dos entrevistados têm conta bancária de pessoa física. Com esse tipo de conta os empreendedores não teriam acesso a linhas de crédito específicas e a taxas mais atrativas. Além disso, misturar finanças pessoais e empresariais dificulta a análise financeira dos negócios”, explica a analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Carolina Xavier.
Ainda de acordo com a pesquisa, 66% dos entrevistados disseram desconhecer o valor do pacote de tarifa cobrado pelos bancos. Dos que sabem quanto pagam, a maioria desembolsa entre R$ 20 e R$ 40 por mês para a manutenção da conta.
O cartão de crédito de pessoa física é o serviço bancário mais utilizado por 55% dos empreendedores. Outro dado do estudo mostra que entre 2011 e 2013, caiu o número de empreendedores que utilizavam cheque especial.
A pesquisa revelou ainda que 79% dos microempreendedores individuais não conhecem linhas de crédito específicas para pessoas jurídicas e que 83% não pegaram empréstimos em bancos.
Os microempreendedores individuais estão mais informatizados. 33% dos entrevistados disseram utilizar os serviços da internet banking para fazer operações bancárias. Para 22% dos entrevistados seria possível trocar a máquina de cartão de crédito por pagamento via celular, caso o serviço fosse mais barato.
Regularidade fiscal
A pesquisa também abordou temas sobre a regularidade fiscal dos microempreendedores individuais mineiros. 83% dos entrevistados disseram fazer a Declaração Anual do Simples Nacional e 73% afirmaram estar em dia com o pagamento do carnê da Previdência Social.
A pesquisa também revelou que mais da metade dos entrevistados pretendem alterar sua condição de microempreendedor individual para se tornar microempresa. “Quem não quer mudar de categoria alegou estar satisfeito com o faturamento, a falta de mercado consumidor e a carga tributaria como principais motivos para continuarem a ser microempreendedores individuais”, justifica a analista do Sebrae Minas, Carolina Xavier.
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