Tudo porquê dantes no front da Batalha do Triplex
Preocupado com os últimos acontecimentos, na véspera do grande dia um colega de redação me perguntou o que poderia sobrevir de tão importante no aguardado encontro rosto a faceta marcado entre Lula e Moro Curitiba.
Acho que não vai sobrevir zero, respondi-lhe, com o ceticismo dos velhos que já viram ocorrer de tudo e também o seu contrário, porquê dizia o sábio colega seu Frias, idoso possessor da Folha.
Após cinco horas de interrogatório, tudo ficou do mesmo tamanho.
De um lado, o roteiro muito desempenado entre juiz e procuradores, na mesma direção, para provar que Lula era possuidor de um triplex no Guarujá, uma oferenda da preiteira OAS troca de vantagens indevidas na Petrobras.
De outro, o ex-presidente Lula e seus defensores batendo na mesma tecla para provar sua inocência: cadê as provas de que o apartamento é dele?
Com os dois lados repetindo os mesmos argumentos desde o início do processo, o interrogatório zero alterou, por enquanto, de mais interessa: nos autos.
Nem Moro nem Lula vão mudar suas convicções e o que um pensa do outro.
S réu se diz vítima de uma perseguição política, jurídica e midiática, e o juiz e os promotores o consideram principal responsável pelas bandalheiras do petrolão apuradas na Operação Lava Jato. .
Todos saíram da audiência da mesma forma porquê entraram. Foi jogo jogado antes de debutar.
Agora, porquê aconteceu na edição do debate entre Lula e Collor nas eleições de 1989, cada lado vai escolher os melhores momentos de um e os piores de outro para convencer a opinião pública de que está com a razão.
Esta foi exclusivamente a primeira rodada de um longo processo jurídico que está muito longe de finalizar para Lula.
Por enquanto, entre mortos e feridos na Batalha do Triplex, que não houve, porquê a de Itararé na Revolução de 1930, salvaram-se todos, mas a última termo ficará para a sentença que o juiz Sergio Moro deve anunciar brevemente.
E o país continua dividido do mesmo jeito, depois mais uma semana perdida na procura de saídas para esta interminável crise que já deixou mais de 14 milhões de desempregados.
Vida que segue.
Fonte:Ricardo Kotscho