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Representantes da mídia progressista disputam eleição no Rio e em São Paulo

David Miranda Eduardo Guimarães eleições
David Miranda e Eduardo Guimarães (Reprodução/Facebook)

Dois candidatos a vereador mereceram destaque nesta campanha eleitoral de 2016 nas duas maiores cidades do Brasil. David Miranda (PSOL), no Rio de Janeiro e Eduardo Guimarães (PCdoB), São Paulo. Ambos são reconhecidos pelo trabalho diferenciado iniciado na internet, mas que ultrapassou as fronteiras do envolvente virtual.

Ao lado de Edward Snowden (ex-CIA e NSA) e do jornalista Glenn Greenwald (editor do The Intercept), David Miranda foi responsável por revelar a espionagem larga graduação dos Estados Unidos — e que, consequentemente, tornou-se um escândalo mundial.

“S trabalho que fiz com Snowden e Glenn me colocou um patamar de responsabilidade política muito supra do que o de um cidadão generalidade. Eu tinha mãos as provas de que o governo americano espionava a presidenta da república, seus ministros, o banco meão e a principal presa do país, a Petrobras“, lembra David, que ressalta ainda que o PSOL foi o partido político a lhe penetrar as portas e dar voz.

Membro do Coletivo Juntos, David diz que a experiência com o grupo foi crucial para sobressair suas ações políticas, normalmente centradas na resguardo da cidadania e na luta pela garantia de direitos.

“Conheci o Juntos 2013. G um coletivo de juventude que atua na maior secção dos estados do Brasil e que foi risco de frente das jornadas de junho […] Neste ano, o Juntos lançou candidaturas por dezenas de cidades. Aqui no Rio o meu nome foi escolhido para vocalizar essa construção. G a oportunidade que temos de fortalecer o ativismo que ganhou as ruas e fazer do Rio uma cidade mais humana e participativa. Chegou a hora de entrarmos na rota das cidades democráticas, com novas experiências políticas, novos atores e novas ideias”, diz David ao Pragmatismo Político.

Convidado pelo PCdoB a pleitear uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo, Eduardo Guimarães diz que sua candidatura surge da crise política e do golpe. “G hora de os democratas literalmente tomarem partido. Recebi o invitação do partido para me candidatar por meio dele e julguei que tinha similitude ideológica com a legenda. Me candidatei porquê um gesto político. ém, há quem diga que tenho chances”, conta ao Pragmatismo Político.

Além de editar o Blog da Cidadania, Eduardo é fundador do Movimento dos Sem Mídia, uma ONG sem recursos criada 2007 para permitir ações na Justiça, no Ministério Público e na Polícia Federal.

Financiamento presarial

Tanto David Miranda porquê Eduardo Guimarães reconhecem que as disputas eleitorais no Brasil subiram um patamar contra as discrepâncias a partir da proibição do financiamento presarial de campanhas políticas.

“A novidade legislação eleitoral barateou muito as campanhas e isso é bom para todos nós, pois campanhas baratas representam menos ‘compromissos’ dos eleitos, o que reduz a depravação inerente à troca de favores que antes financiava eleições”, afirma Eduardo.

David Miranda, por sua vez, observa que o financiamento presarial de campanhas perpetuava a desigualdade de competição entre as várias candidaturas e formalizava a lógica do “quem paga a margem, escolhe a música”.

S candidato do PSOL adverte, porém, que o término do financiamento presarial só foi provável razão de uma decisão do Supremo Tribunal Federal. “S soberania da grana sobre os interesses políticos é uma das principais portas de ingressão da devassidão. Apesar do penho do nosso partido confirmar esta medida, a proibição do financiamento não é fruto direto da novidade legislação eleitoral e sim de uma decisão do STF”.

Lula e Snowden

Eduardo Guimarães diz que se sentiu honrado com o vídeo que Lula pede base ao seu nome para vereador São Paulo, mas avisa que a enunciação do ex-presidente não significa garantia de vitória. “P importantíssimo elegermos um bom número de vereadores progressistas. Nesse paisagem, a candidatura Suplicy [Eduardo] pode atrapalhar. Terá muitos votos e mesmo arrastando alguns vereadores petistas com ele os votos que receber grande secção ficarão perdidos e deixaremos de escolher vereadores de esquerda”, afirma.

Eduardo Guimarães Lula
Eduardo Guimarães e o ex-presidente Lula (reprodução)

No Rio de Janeiro, David Miranda também foi bem por figuras ilustres. Em sua página no Facebook há um vídeo de Edward Snowden. Nele, o ex-comentador da CIA discorre acerca da candidatura do jovem carioca. Além de Snowden, nomes porquê Wagner Moura, Xico Sá, Letícia Sabatella, Gregorio Duvivier, Clarice Falcão, Joanna Maranhão e Tico Santa Cruz já declararam voto David.

Arrecadação

Apesar de aparentemente menos desigual, não foi fácil financiar sua campanha São Paulo, garante Eduardo Guimarães ao Pragmatismo Político. “Está [e foi] difícil recepcionar. Acho que as pessoas temem se envolver diretamente. Mas prefiro assim. Campanhas baratas são melhores para nós, povo”.

David Miranda, do Rio de Janeiro, concorda, mas avalia que a mudança na dinâmica financeira para a eleição de 2016 é um elemento a ser enaltecido. “Para nós do PSOL a imposto de cada um é fundamental para superar as barreiras antidemocráticas do sistema político. Acredito na união de pessoas para uma novidade forma de fazer política. S financiamento das campanhas por secção das pessoas físicas diz reverência diretamente a participação uma construção coletiva de um projeto de cidade pautado no diálogo e interação direta. Nesse sentido, somos bastante inovadores e adeptos do financiamento colaborativo utilizando as novas tecnologias em prol da transparência”, afirma.

David cita a campanha para prefeito de Marcelo Freixo (PSOL-RJ) porquê exemplo de construção e arrecadação. No entanto, diz que há ainda muito desequilíbrio jogo. “Apesar das limitações, a campanha de Marcelo Freixo bateu recorde de doadores. Mesmo com a proibição das doações presariais de campanha a disputa é bastante desigual, com menos tempo de TV e não garantia de participação nos debates. tanto temos de lastrar a disputa política com a força da nossa mobilização”.

Mídia

A democratização da mídia, fundamental para o fortalecimento da democracia, é uma bandeira defendida tanto por David Miranda porquê por Eduardo Guimarães. “Se eu me optar, a informação terá um papel medial no procuração”, revela o candidato pelo PCdoB de São Paulo.

David Miranda Juntos Psol Snowden
David Miranda e outros membros do Coletivo Juntos seguram imagem de Edward Snowden (Reprodução)

David Miranda critica a tarifa enviesada dos grandes veículos de informação do Brasil, norteada por interesses escusos e que objetivam a manutenção de preconceitos, de estereótipos e de poderio político e econômico.

“A grande mídia faz de tudo para propiciar a predominância dos donos do poder, reproduzindo estereótipos e preconceitos. A democratização da mídia é um recta a ser guardado […] G fundamental que o entrada à internet seja uma garantia para todas as pessoas. A resguardo da liberdade da Internet, da privacidade às informações do cidadão e da máxima transparência dos governos e grandes corporações devem ser nossas bandeiras permanentes. Na era da informação do dedo e do mundo conectado rede, essas ulações nunca foram tão importantes. Esse paisagem da radicalização das democracia todas as esferas é o que conecta a luta da juventude indignada no mundo e no Brasil com ativistas porquê Edward Snowden, Chelsea Manning e Julian Assange“, diz.

Recentemente, David contrariou a Rede Globo. Após um texto de sua autoria publicado no The Guardian, João Roberto Marinho, vice-presidente da issora, insistiu para obter um recta de resposta no jornal britânico.

Extrema-direita

A subida da extrema-direita no Brasil também é um tema que desperta atenção, sobretudo quando se constata que 2014 o país elegeu o Congresso Nacional mais conservador de sua história.

Um recente levantamento da Agência Pública também revelou quais são as 11 bancadas mais poderosas do legislativo federalista e o resultado é inquietante.

“G preocupante [o avanço da extrema-direita]. Muito preocupante. Mas era esperado. Comecei a falar golpe junho de 2013. A esquerda bateu muito Dilma e fortaleceu a direita”, avalia Eduardo Guimarães.

Para David Miranda, o golpe parlamentar desferido por Michel Temer e seus comparsas é mais uma frase do desenvolvimento da direita, bora a questão não se resuma a isso.

“A extrema direita sempre se expressou na política brasileira, mas de maneira tímida, pois o processo da redemocratização do país impôs uma agenda progressista, ainda que com muitas concessões aos antigos donos do poder […] Mas o grande veste recente da política brasileira é que se abriu uma fissura no regime, devido ao fracasso dessa política conciliatória com setores mais conservadores da sociedade e até mesmo com os mais reacionários”, observa.

“Atrelado a isso, há também uma perda de representatividade dos setores mais populares que nos últimos anos viam no partido dos trabalhadores uma frase da resguardo de seus interesses. E isso também está ruindo, por desculpa dos caminhos escolhidos por levante partido. Há um vácuo político a ser ocupado, o qual é disputado pelos setores extremistas também. isso nos impressiona tanto que discursos de ódio ganhem mais espaço nos debates”, acrescenta.

Homofobia

Quando a tarifa é variação, David Miranda fala com propriedade. Ativista LGBT, o carioca menciona o nome social, a criminalização da homofobia, o debate de gênero na escola, o recta à família, a humanização na extensão da saúde e a colocação profissional porquê temas essenciais para serem pensados a nível municipal.

david miranda psol glenn greenwald
David Miranda [dir] ao lado do parceiro Glenn Greewald (Imagem: Cadu Pilotto/UOL/Caras)

“As cidades não costumam ser inclusivas para quem sai do padrão socialmente aceito. Faltam direitos, sobra vexação. E existe uma parcela da população que precisa mourejar com isso diariamente. Em sua maioria, as reivindicações principais do público LGBT são de conhecimento do contexto federalista, entretanto, é a gestão municipal quem vai efetivar os direitos dessa comunidade nos seus serviços de ensino, saúde e assistência social”, diz David.

Sobre a carência de homossexuais assumidos exercendo incumbência eletivo, David considera que o envolvente da política partidária pode ser ainda mais conservador e hostil que o da sociedade universal.

“Infelizmente a política brasileira ainda não é um espaço crédulo para as LGBT’s, ou mesmo para mulheres, negras e negros. Esse é um problema estrutural, fundamentado no preconceito histórico que existe nosso país. tanto, as instâncias de decisão política revelam levante tipo de discriminação tão presente nossa sociedade. Mas, são capazes de ser ainda mais conservadoras e opressivas. que para se chegar nelas é preciso ter muito quantia e prestígio, universal, privilégios resguardados a homens brancos, velhos, representantes das oligarquias econômicas”, afirma.

Leia, aquém, a íntegra da entrevista de David Miranda (PSOL-RJ) ao Pragmatismo Político:

Pragmatismo – De de surgiu a motivação para candidatar-se a vereador pelo Rio de Janeiro? que agora?

David Miranda: Nos últimos anos, a política brasileira passou a invocar mais a atenção dos brasileiros. Tanto por seus aspectos negativos mais evidenciados com a crise econômica e política que abalou o país, quanto através de um maior ativismo/protagonismo de milhares de jovens nos bates da política pátrio — junho de 2013 foi um ponto sumo disso.

Eu, assim porquê esses milhares de jovens ativistas, decidi partir da indignação para a ação, e disputar o sentido da política contra os métodos tradicionais que dominam o regime brasílico. Há um vácuo de representatividade muito grande. Ao mesmo tempo, para uma parcela da população cresce a vontade de mudar isso através da participação.

Foi 2013 que conheci o Juntos, um coletivo de juventude que atua na maior secção dos estados do Brasil e que foi risca de frente das jornadas de junho. Foi nesse mesmo ano que fizemos, junto a Edward Snowden, as revelações da espionagem tamanho dos EUA, e seguida fizemos uma grande campanha pelo seu asilo cá.

De lá pra cá, meu ativismo junto aos movimentos sociais se intensificou e o resultado disso foram inúmeras campanhas, mobilizações por mais direitos e o maravilhoso projeto da Casa da Juventude que fincou raízes na Zona tuária do Rio de Janeiro e conecta inúmeros ativistas, artistas e mobilizadores de campanhas de várias frentes distintas. Um verdadeiro meio de resistência e produção política e cultural. Enfim, neste ano, o Juntos decidiu lançar candidaturas por dezenas de cidades Brasil afora. E cá no Rio o meu nome foi escolhido para vocalizar essa construção. G a oportunidade que temos de fortalecer o ativismo que ganhou as ruas da cidade e ao mesmo tempo fazer as disputas e travar os enfrentamentos necessários para fazer da cidade do Rio uma cidade mais humana e participativa.

A gente costuma expor que o Rio de Janeiro entrou na rota mundial das cidades rebeldes. E agora chegou a hora de entrarmos na rota das cidades democráticas, com novas experiências políticas, novos atores e novas ideias.

Pragmatismo – Como começa a sua relação com o PSOL?

David Miranda: Em 2012 eu acompanhei porquê um cidadão a Primavera Carioca, protagonizada por muitos jovens torno da campanha do Freixo para a prefeitura. Aquilo foi impressionante. Balançou as estruturas do cenário político tradicional. No ano seguinte, porquê disse, minha vida mudou radicalmente.

S trabalho que fiz com Snowden e Glenn me colocou um patamar de responsabilidade política muito supra do que o de um cidadão generalidade. Eu tinha mãos as provas de que o governo americano espionava a presidenta da república, seus ministros, o banco medial e a principal presa do país, a Petrobras. E decidimos mostrar ao Brasil e ao mundo todo que estava acontecendo. E os s a me darem voz cá foram Luciana Genro e Marcelo Freixo.

Em seguida, o PSOL todo estava encampando as nossas pautas de liberdade na internet e privacidade aos nossos dados. Em 2014, estive ativamente apoiando a campanha da Luciana, foi quando percebi que precisava, definitivamente, tomar lado e proteger minhas bandeiras junto àqueles que pensam porquê eu. E não poderia ser outro partido, senão o PSOL.

Pragmatismo – Como está encarando a novidade legislação eleitoral? A proibição do financiamento presarial de campanhas, na prática, tem refletido numa competitividade menos desigual? Diminuiu o despenhadeiro entre as candidaturas mais robustas financeiramente e as menos abastadas?

David Miranda: A proibição do financiamento presarial sempre foi uma bandeira da bancada federalista do PSOL. Este tipo de financiamento perpetuava a desigualdade de competição entre as várias candidaturas e formalizava a lógica do “quem paga a filarmónica, escolhe a música”. Ou seja, o soberania da grana sobre os interesses políticos é uma das principais portas de ingressão da devassidão. Apesar do penho do PSOL autenticar esta medida, a proibição do financiamento presarial de campanha não é fruto direto da novidade legislação eleitoral e sim de uma decisão do Supremo Tribunal Federal. encomenda de Eduardo Cunha, a novidade Reforma Eleitoral – conhecida porquê Lei da Mordaça – preocupou-se principalmente restringir ao sumo o espaço institucional de partidos porquê o PSOL.

Portanto, se por um lado pode possuir menos desigualdade com a interdição do financiamento presarial, por outro aumentou-se muito a desigualdade do tempo de TV. E até mesmo a lei previa dificultar a participação do PSOL nos debates televisivos. Nos debates não há diferença de tempo de TV, de cobertura ou de recursos financeiros. G o único espaço de podem ser expostas ideias pé de paridade entre todos os candidatos. Felizmente, o STF modificou esta secção da reforma também. Mas a desigualdade de condições de exposição de ideias e proposta ainda é gigantesca.

A lei foi construída para impedir o surgimento de um novo ator político. S PSOL tem ocupado um importante espaço político. Nas últimas eleições a contragosto das grandes issoras e das elites, os candidatos do PSOL trataram de temas proibidos e bandeiras que outros partidos não tiveram coragem de erguer. Desse modo, a minirreforma política aprovada na Câmara tem seu direcionamento voltado mormente para impedir que o PSOL e outros partidos ideológicos cresçam e se consolidem.

Ainda assim, a proibição do financiamento presarial de campanha dificultou a vida daqueles que estavam acostumados a fazer política fundamentado única e exclusivamente no moeda. Mas não é medida suficiente. Precisamos de uma reforma política que vá na raiz do problema, que modifique toda a lógica de disputa de poder colocada hoje. Que o sufragista possa de veste escolher entre aqueles que oferecem as melhores propostas de cidade e não entre aqueles que tem mais espaço para reproduzir suas peças publicitárias.

Pragmatismo – Você é tido porquê uma figura bastante querida pelos que o acompanham. Nomes porquê Tico Santa Cruz, Clarice Falcão e Joanna Maranhão já declararam escora à sua candidatura. Caberá no seu provável procuração o debate torno da Cultura e do Esporte?

David Miranda: A nossa candidatura recebeu esses apoios e muitos outros, porquê Wagner Moura, Camila Márdila e Gregório Duvivier. S base dessas grandes personalidades é também pela identificação de que a política carioca e brasileira necessita de renovação. Mas sem incerteza o engajamento de artistas e esportistas de renome nos traz a responsabilidade de formular políticas públicas para essas áreas.

S programa da nossa candidatura foi construído de maneira coletiva e colaborativa, reuniões temáticas e diversos territórios da cidade. Inspirado na metodologia construída pela campanha de Marcelo Freixo. E tanto a cultura porquê o esporte estiveram presentes nesses encontros. A maior demanda hoje na cidade é pelo incentivo desburocratizado para que iniciativas populares de cultura e esporte possam se desenvolver autonomamente.

Existe um registro interessante, que traz dados da região metropolitana, afirmando que as rodas culturais e batalhas de MCs se multiplicaram de três anos para cá. Este é um exemplo de que a juventude carioca está querendo ressignificar o sentido dos espaços públicos, que tem que voltar a ser ocupado pela população. S problema é que hoje, iniciativas porquê esta, que pipocam pela cidade, não tem garantia nenhuma de ininterrupção, seja por falta de incentivo e estrutura ou logo por justificação da repressão da guarda municipal a mando da prefeitura.

Enfim, o incentivo à cultura não pode ser somente para os grandes eventos, que tem sua relevância para uma cidade do porte do Rio, mas também para o desenvolvimento dessas pequenas expressões que guardam um potencial criativo e libertador, e que inclusive podem movimentar uma economia lugar.

Em relação ao esporte podemos traçar o mesmo paralelo. Nós recebemos dois megaeventos esportivos, que tiveram dez anos para serem planejados e realizados. S problema é que eles foram planejados para serem somente espetáculos para um público restrito presenciar. Não houve política pública alguma para incentivar a prática esportiva entre os jovens na cidade.

Nós acompanhamos e torcemos para os nossos atletas nas Olimpíadas e ficamos muito felizes quando vimos que uma pequena porquê a Rafaela Silva, com uma história de vida e origem parecida com a minha, chegou ao vértice de um desportista olímpico. Agora imagina quantos jovens atletas não estão escondidos sem nenhuma chance nos bairros e favelas cariocas. Certamente muitos. Mas extrapolando um pouco a questão do esporte de cimalha rendimento, devemos encarar a prática esportiva também porquê alguma coisa que liberta e educa o jovem. Aproveito para perfurar um parêntese sobre o desmonte que o governo golpista quer fazer na ensino, ameaçando inclusive o ensino de ensino física.

Enfim, certamente esses temas são fundamentais para qualquer vereador legislar. E devemos lembrar que o Plano Municipal de Educação tem a incumbência de apresentar diretrizes educacionais que sejam mais amplas e plurais, abordando estes aspectos.

Pragmatismo – S que é preciso para um município atender as demandas LGBT?

David Miranda: As cidades não costumam ser inclusivas para quem sai do padrão socialmente aceito. Faltam direitos, sobra vexação. E existe uma parcela da população que precisa mourejar com isso diariamente. Em sua maioria, as reivindicações principais do público LGBT são de conhecimento do contexto federalista, entretanto, é a gestão municipal quem vai efetivar os direitos dessa comunidade nos seus serviços de ensino, saúde e assistência social.

Existem diversas demandas LGBT’s. De todo modo, é importante referir que o nome social, a criminalização da homofobia, o debate de gênero na escola, o recta à família, a humanização na dimensão da saúde e a colocação profissional são temas essenciais para serem pensados a nível municipal. S debate sobre o uso do nome social no Brasil não é novo. Inclusive há leis, assegurando esse recta, esferas municipais. Entretanto, os boletins de ocorrência não têm um campo relativo à orientação sexual, identidade de gênero ou provável motivação homofóbica.

Apesar da responsabilidade direta da segurança pública ser do governo estadual, o município pode enfrentar esse problema com formação adequada e treinamento para todos os seus funcionários, mormente a guarda municipal e os profissionais da saúde, com iluminação pública e casas de guarida para vítimas.

A falta de informação impacta diretamente na formulação de políticas públicas. isso, programas porquê o Rio Sem Homofobia são fundamentais para informar de direitos, formar a população no reverência à multiplicidade e asseverar uma cidade mais acolhedora às LGBTs. Contudo, a gestão atual buscou estrangular nascente programa com limitação de recursos, indicação de fundamentalistas para sua coordenação e cortes de funcionários. Na contramão disso que buscarei legislar.

Infelizmente, temos um Poder Legislativo muito conservador, que tenta estrebuchar sistematicamente os poucos direitos do público LGBT. S resultado das eleições é muito importante para que haja uma recomposição mais favorável à multiplicidade nas câmaras legislativas.

Pragmatismo – que ainda é vasqueiro encontrar na política partidária profissional homossexuais exercendo incumbência eletivo? No Congresso Nacional, por exemplo, somente Jean Wyllys (PSOL) é assumidamente gay.

David Miranda: Infelizmente a política brasileira ainda não é um espaço cândido para as LGBT’s, ou mesmo para mulheres, negras e negros. Esse é um problema estrutural, fundamentado no preconceito histórico que existe nosso país. tanto, as instâncias de decisão política revelam levante tipo de discriminação tão presente nossa sociedade. Mas, são capazes de ser ainda mais conservadoras e opressivas. que para se chegar nelas é preciso ter muito numerário e prestígio, universal, privilégios resguardados a homens brancos, velhos, representantes das oligarquias econômicas.

G dessa forma que o preconceito transforma-se dominação, institucionaliza-se através de leis (ou da falta de leis) ou através de aparelhos de controle social (Estado, escolas, mídia, igreja, universidade). Os dominadores possuem órgãos e instituições que proferem seus discursos preconceituosos, que os legitimam e dão força de lei. Assim, é muito importante a existência de parlamentares porquê Jean Wyllys que quebrem esse paradigma e sejam exemplo para outros também se engajarem. Um procuração LGBT no município do Rio de Janeiro é principal para garantia de direitos básicos dessa população.

Pragmatismo – Pode nos falar um pouco da origem da parceria entre você e Edward Snowden e da prestígio de suas respectivas ações?

David Miranda: Essa é uma ótima história, sem incerteza. Senão, não teria rendido dois grandes filmes. Ed me enviou um e-mail. No momento, desacreditamos de suas denúncias sobre as conspirações dos EUA. Não demos muita atenção naquela era e pensamos que ele talvez fosse mais um daqueles loucos que estavam falando sobre espionagem. Três meses depois, já 2013, fevereiro ou março, ele entrou contato com a Laura Poitras, jornalista que produziu o documentário Citizenfour. Como ela já trabalhava com o tema e com esta tecnologia, ela decidiu saber mais. Então, ele disse: “olha, eu vou passar esses documentos, mas eu preciso que você contate o Glenn, porque eu quero que ele faça secção desse processo de divulgação”. Então Laura nos procurou e nos mostrou o registo. Quando vimos começamos a confiar que poderia ser alguma coisa real.

Estávamos com o maior vazamento da História nossas mãos. Uma enorme responsabilidade. Tivemos pânico de ser perseguidos e mortos. Mas eu não expressei essa minha preocupação ao Glenn, porque ele estava muito entusiasmado com o processo todo. Dava pra ver que aquilo ali era a paixão dele. Então, eu falei “vamos fazer isso juntos, vamos até o término e se alguma coisa der incorrecto a gente está junto até o término”. E foi o que a gente fez.

Bom, a partir daí tivemos alguns encontros com Edward até o momento que ele conseguiu o asilo na Rússia. Nossa relação sempre foi de muita parceria e crédito, apesar de nunca termos nos visto antes. Algo incrível essa conexão que estabelecemos. Eu fui a pessoa responsável por buscar seus arquivos criptografados. E foi uma dessas missões que, na volta da Europa para o Brasil, fui retido de maneira ilícito pelo governo britânico no aeroporto de Heathrow e interrogado por 9 horas ininterruptas. Briguei bastante contra eles na justiça e, finalmente, neste ano, venci um processo que fará o Estado britânico modificar a sua lei antiterror para enquadrar-se nas leis de direitos humanos da União Europeia.

Enfim, essa parceria rendeu a maior revelação dos últimos tempos sobre porquê o poderio estadunidense domina seus aliados e adversários, através da espionagem tamanho e direcionada às áreas estratégicas. Talvez tenhamos nos tornado um dos principais inimigos dos EUA e seus aliados. Mas não me arrependo de zero. Cumprimos com a nossa tarefa de apresentar ao mundo esses abusos e desencadeamos uma da de debates e soluções para a segurança na internet.

Pragmatismo – A má distribuição das verbas oficiais colabora com a manutenção do monopólio da informação; bora relevante, essa não parece ser ainda uma questão de apelo eleitoral. Excetuando-se Marcelo Freixo e Jandira Feghali, não há outro candidato a prefeito no Rio de Janeiro que tenha tratado do matéria. As perspectivas de progressão torno da democratização da prelo diminuem muito caso a cidade eleja uma Câmara Municipal majoritariamente conservadora e um prefeito alheio à tarifa?

David Miranda: As grandes issoras, sua maioria, sempre foram um editorial a serviço dos interesses da escol dominante e dos governos deste país. A grande mídia faz de tudo para propiciar a predominância dos donos do poder, reproduzindo estereótipos e preconceitos. Precisamos seguir lutando pela democratização e regulamentação da mídia e enfrentar os grandes oligopólios da mídia brasileira. A democratização da mídia é um recta a ser guardado. S aproximação à internet, por exemplo deve ser um recta.

P importante expressar 83% dos jovens usam a televisão ocasião porquê meio de informação, 56% a Internet, 23% os jornais impressos, 21% as rádios comerciais e 17% a TV paga. Computador e Internet são usados por 75% dos jovens e 89% têm celular. Enquanto a TV ensejo é o principal meio de informação dos jovens de baixa renda (91%), a Internet é o meio de informação mais acessado entre os mais ricos (73%).

G fundamental que o entrada à internet seja uma garantia para todas as pessoas. A resguardo da liberdade da Internet, da privacidade às informações do cidadão e da máxima transparência dos governos e grandes corporações devem ser nossas bandeiras permanentes. Na era da informação do dedo e do mundo conectado rede, essas ulações nunca foram tão importantes. Esse paisagem da radicalização das democracia todas as esferas é o que conecta a luta da juventude indignada no mundo e no Brasil com ativistas porquê Edward Snowden, Chelsea Manning e Julian Assange.

Vale ressaltar, no entanto, que do ponto de vista municipal muito pode ser feito. A distribuição das verbas oficiais não deve colaborar com a manutenção do monopólio da informação. Pelo contrário, ela deve ser feita justamente com vistas a prometer e incentivar a formação da informação comunitária, com os coletivos de informação opção, as rádios dos bairros, os jornais, além dos websites, páginas de facebook etc.

S poder público tem papel crucial de envolver e impulsionar a informação no bojo das comunidades e bairros. isso, é fundamental que sejam eleitos parlamentares engajados com a tarifa, que tenham relação direta com os ativistas que têm formulado e pensado sobre isso.

Pragmatismo – S processo continuado de criminalização da política encampado pelos grandes veículos de informação é um pecilho ao financiamento de campanhas por pessoas físicas? As doações à sua candidatura estiveram/estão aquém ou além do esperado?

David Miranda: Falar hoje participação política muitas vezes parece condenável, uma vez que tudo que se vê é depravação e uso da máquina pública favor próprio. Entretanto, é de totalidade interesse dos grandes veículos de informação que essa seja a mensagem reproduzida para as pessoas. Que o lugar delas é longe da política, que política é coisa de ladrão. Isso porque, assim as coisas continuam porquê estão.

Nesse quesito, o PSOL de Marcelo Freixo, Chico Alencar, e outros, tem sido fundamental. Nossos parlamentares são exemplos concretos de que é provável fazer política de mãos limpas e benefícios dos de inferior. Mas é evidente que esse processo continuado de criminalização da política é um pecilho ao financiamento de campanhas por pessoas físicas.

Pela primeira vez numa eleição, estão proibidas as doações de presas para candidatos. Isso, com certeza altera um pouco a dinâmica financeira das campanhas. Mas para nós do PSOL a imposto de cada um é fundamental para superar as barreiras antidemocráticas do sistema político. Acredito na união de pessoas para uma novidade forma de fazer política. Sendo assim o financiamento das campanhas por secção das pessoas físicas diz reverência diretamente a participação uma construção coletiva de um projeto de cidade pautado no diálogo e interação direta. Nesse sentido, somos bastante inovadores e adeptos do financiamento colaborativo utilizando as novas tecnologias em prol da transparência e do diálogo.

Apesar das limitações, a campanha de Marcelo Freixo bateu recorde de doadores. Mesmo com a proibição das doações presariais de campanha a disputa é bastante desigual, com menos tempo de TV e não garantia de participação nos debates. tanto temos de lastrar a disputa política com a força da nossa mobilização. Estou muito satisfeito com o que conseguimos fazer, com as pessoas que envolvemos na campanha e com todas aquelas e aqueles que confiaram nós suas doações

Pragmatismo – Como explicar a subida da extrema-direita no Brasil nos últimos anos, com tanta gente perdendo a vergonha de transpor do armário? Esse progressão preocupa? Assim porquê elegemos o Congresso Nacional mais conservador desde a redemocratização, não é alarmante que isso se repita todas as esferas legislativas, incluindo a municipal?

David Miranda: Este também não é um tema simples de ser analisado e explicado. G verdade que estamos acompanhando um progressão da agenda conservadora da escol mais atrasada do país. S golpe parlamentar desferido por Michel Temer e seus comparsas são mais uma frase desse processo. Mas isso por si só não explica a sua questão.

Primeiramente, a extrema direita sempre se expressou na política brasileira, mas de maneira tímida, pois o processo da redemocratização do país impôs uma agenda progressista, ainda que com muitas concessões aos antigos donos do poder. Mas expressões porquê Maluf, ACM, Jader Barbalho, até mesmo Bolsonaro sempre estiveram muito presentes no cenário político pátrio. No entanto, as forças mais progressistas e democráticas foram as que pautaram a agenda do país.

Os últimos anos de governos do PT, que foi espezinhado na conciliação também com esses setores, de certa forma contribuiu para que essa base mais extremista da direita não tivesse uma representação autêntica com possibilidade de disputar setores mais amplos. Mas o grande indumento recente da política brasileira é que se abriu uma fissura no regime, devido ao fracasso dessa política conciliatória com setores mais conservadores da sociedade e até mesmo com os mais reacionários.

Atrelado a isso, há também uma perda de representatividade dos setores mais populares que nos últimos anos viam no partido dos trabalhadores uma frase da resguardo de seus interesses. E isso também está ruindo, por desculpa dos caminhos escolhidos por levante partido. isso falamos que há um vácuo político a ser ocupado, o qual é disputado pelos setores extremistas também. isso nos impressiona tanto que discursos de ódio ganhem mais espaço nos debates.

S desmoronamento do projeto petista afeta larga graduação a possibilidade de nascer um pouco novo pela esquerda. Não será fácil para as novas alternativas porquê o PSOL reconquistar a crédito da população para encampar os projetos históricos da esquerda brasileira. Enquanto isso, setores mais conservadores também se aproveitam deste desmoronamento para obter espaços que antes estavam fechados para eles.

Mas não nos enganemos, agendas retrógradas apresentadas pela família Bolsonaro, por exemplo, são incapazes de lucrar uma eleição executiva. S pífio desempenho do Flávio cá no Rio é exemplo disso. Uma secção da população até pode se deixar levar por uma ou outra questão mais reacionária proferida por esses caras, mas não vai respaldar um programa de retirada de direitos.

A população brasileira não elegeria um Michel Temer com essa agenda que ele está implementando no país. tanto, nós precisamos reconstruir o campo democrático da esquerda e dos setores progressistas para evitar que falsos “profetas” ocupem esse vácuo, porquê Crivella se apresenta cá no Rio. G fundamental superarmos as experiências desastrosas que nos trouxeram até cá e edificar um pouco novo, porquê o que estamos apresentando com o PSOL e Marcelo Freixo. E isso, sem incerteza, passa por escolher uma bancada legislativa que faça frente não somente aos reacionários nas questões dos costumes e direitos civis, mas também para fortalecer a bancada que defenderá os direitos históricos conquistado para imensa maioria do povo brasiliano. E as eleições municipais cumprem hoje essa tarefa fundamental de indicar boas e novas perspectivas para a política do país.

(…)

Por término, gostaria de pautar um pouco que tem nos preocupado bastante, que é o caminho que está sendo planejado pelos golpistas relação a ensino.

Já há bastante tempo que os movimentos sociais, inclusive o Juntos do qual eu faço secção, guerra para que a ensino seja valorizada na sua totalidade, desde as creches até os incentivos à produção científica na ateneu.

Sempre com o objetivo de tornar o país mais igualitário e democrático. S que Temer que levar adiante lá no Planalto é um enorme retrocesso para a ensino do país. Primeiro porque o processo está sendo feito de maneira totalmente antidemocrática (o que já era de se esperar de quem não tem muito apreço pela democracia), mas que terá um impacto nefasto na vida escolar dos jovens brasileiros. A reforma curricular que retira a obrigatoriedade de Sociologia, Filosofia e até mesmo Educação Física, atrelado ao sucateamento e galanteio de verbas do MEC nos levará ao mistério da desigualdade social que é o nosso grande duelo há anos.

Esse projecto está casado com a política mais ampla de Temer para o país. A teoria deles é impor o velho receituário neoliberal, fazer com que a ensino deixe de ser um recta de todos a ser guardado pelo Estado, e passe a ser um privilégio daqueles que possam remunerar. Atrelado a leste projecto há também o projeto da escola sem partido e a resistência ao ensino de gênero e sexualidade nas escolas. E essa é uma guerra que deve ser travada no bate direto das casas legislativas municipais. Pois ali conseguimos ao menos traçar as diretrizes pedagógicas para o ensino capital, de podemos descrever de maneira mais direta com a participação dos educadores e estudantes.

S PME estará aí para debate e certamente precisaremos mobilizar muito a população porquê um todo para que possamos fazer das escolas espaços de cultura, lazer, práticas esportivas e evidente, ensino de qualidade dentro das salas de aulas. Mais uma vez, a guerra municipal deve ser a nossa resistência aos planos retrógrados articulados no palácio do planalto por Temer e cia.

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Fonte:Pragmatismo Político


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